Pesquisa aponta para vitória da oposição e queda de Netanyahu

Pesquisa aponta para vitória da oposição e queda de Netanyahu

Uma pesquisa realizada pelo Maariv e divulgada pelo Jerusalem Post na sexta-feira (1), apontou que a próxima eleição israelense pode definir um novo primeiro-ministro, resultando na queda de Netanyahu. Isso porque a oposição, liderada por Naftali Bennett, alcançaria 61 cadeiras no Knesset, o Parlamento de Israel, atingindo a maioria necessária para formar um governo. A atual coalizão governista, do Likud conseguiria um total de 49.

Bennett já foi premiê por pouco mais de um ano, entre junho de 2021 e o mesmo período do ano seguinte. O político considerado religioso e direitista é cofundador do partido “Nova Direita” desde 2018. Antes, entre 2012 a 2018, estava à frente do partido sionista religioso Lar Judaico.

A pesquisa indica que Bennett atrai os indecisos, tanto os que foram eleitores da sua base quanto do próprio Likud. Em um cenário mais positivo para a atual oposição, a coalizão liderada por Bennett poderia chegar aos 66 assentos enquanto o governo alcançaria 44. Os partidos árabes seguiriam os mesmos 10 assentos que possuem na atual administração.

A próxima eleição será em outubro do ano que vem, podendo ser antecipada caso o governo perca o apoio de metade do Parlamento. Atualmente, Netanyahu enfrenta uma crise com os religiosos em razão de discordâncias relacionadas ao projeto que isenta jovens religiosos do serviço militar.

Mês passado, o partido ultraortodoxo Judaísmo Unido da Torá anunciou sua saída da coalizão, deixando o governo com 61 assentos — número exato necessário para manter a maioria no Knesset, que tem 120 cadeiras.

Logo após, outro partido ultra ortodoxo, o Shas anunciou que deixaria o governo na parte executiva, isto é, pastas e ministérios mas seguiria votando com a coalizão, garantindo a sobrevivência governista.

Metade da população quer o fim da guerra

A pesquisa também questionou os israelenses sobre o atual cenário da guerra em Gaza, iniciada pelo grupo terrorista Hamas no dia 7 de outubro de 2023, quando em um ataque sem precedentes, os terroristas assassinaram quase 1,2 mil civis.

Metade dos entrevistados se demonstrou favorável a um acordo abrangente envolvendo a libertação de todos os reféns em troca de um cessar-fogo e da retirada israelense de Gaza. Entretanto, 38% apoiaram a continuação da campanha militar para anexar partes de Gaza até o colapso do Hamas, e 12% não tinham opinião formada.

Um contraste importante: entre os eleitores da coalizão de Netanyahu, 73% apoiaram a continuidade da campanha militar, enquanto 79% dos eleitores da oposição apoiaram um acordo abrangente, mesmo com potenciais concessões.

Sobre as recentes campanhas de órgãos internacionais que acusam o governo israelense de promover a fome no enclave, 47% dos israelenses disseram acreditar que não há crise e que as notícias são propaganda do Hamas.

Outros 41% disseram que a crise é real — desses, 23% expressaram preocupação, enquanto 18% não. Outros 12% não tinham certeza.

O contraste entre os eleitores da coalizão e oposição também demonstra clareza no tópico da fome: 77% dos eleitores da coalizão acreditam que a crise da fome é inventada, enquanto 59% dos eleitores da oposição acreditam que ela é real. Entre eles, 38% disseram que se importam e 21% disseram que não.

Viajar na Europa é tema de preocupação

Um alerta vermelho apresentado pelos israelenses se demonstra por meio do antissemitismo crescente na Europa, instigado, sobretudo, por grupos pró-Palestina e pró-Hamas: 61% dos entrevistados disseram temer sofrer danos enquanto viajam pela Europa simplesmente por serem israelenses.

Outros 31% disseram não estar preocupados, enquanto 8% não tinham certeza. Sobre essa questão, houve amplo consenso em todo o espectro político: 64% dos eleitores da coalizão e da oposição expressaram o mesmo receio.

A pesquisa foi liderada pelo pesquisador Dr. Menachem Lazar, sendo realizada entre 30 e 31 de julho, com erro amostral máximo de 4,4%. Foram entrevistados 511 pessoas, o que, segundo o os organizadores, constitui uma amostra representativa da população adulta de Israel, com 18 anos ou mais. 



Fonte ==> Gazeta do Povo

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